domingo, 14 de dezembro de 2008

Quando a idade começa e subir à cabeça e a pesar no corpo

Ontem tivémos o nosso habitual jantar de Natal com os amigos e com a habitual troca de presentes. O mais engraçado é que o evento nos deixou a pensar, não no Natal, mas sim na velocidade com que o tempo corre.

Este ano começámos por ir beber um copo a casa da Margarida e do Manel (que está linda de morrer depois das obras que fizeram). O Luís e eu chegámos atrasadíssimos por causa do almoço da empresa e do leite da Luísa. Ainda vou no início e já vamos em 3 pontos importantes para o meu raciocínio:

- um copo em casa de alguém antes do jantar. Eu lembro-me bem quando os meus pais ofereciam um copo em casa aos amigos antes de irem todos jantar fora. Aparecia tudo com uma garrafa de vinho ou umas flores para a minha mãe. Os gajos de blazer e gel no cabelo, elas com a poupa no cabelo, o rímel e a sombra verde e a cheirarem a Poison ou a Anaïs.

- Almoço da empresa. Dantes saíamos da faculdade, íamos ao shopping comprar um top novo para levar ao jantar e chegávamos atrasadas porque o secador do cabelo tinha avariado.

- O leite da filha. O Luís e eu ainda tivémos de ir a casa da minha mãe levar uma lata de leite em pó que tinha acabado.

Bem, voltando ao jantar. Em casa da Margarida e do Manel bebemos uma sangria de champagne fantabulásticamente maravilhosa e lá fomos para o restaurante. A Bota Velha, a lembrar os velhos tempos (mais deles do que meus). Houve álcool moderado já que os homens iam a guiar. O que mudou? Nenhum homem "avisou" a namorada que era ela que levava o carro para eles beberem até cair. Porquê? Porque já não há namoradas, somos todos casados e porque, não se sabe porquê, ninguém quis beber até cair. Os presentes, ao contrário de anos anteriores, ninguém recebeu um desentupidor de canos nem nenhuma caixa de tampões. Fomos presenteados com luvas de cozinha, molduras, produtos gourmet e canetas. Porque agora todos têm casa, já se pode dar alguma coisa com alguma utilidade. No final da noite, uns foram embora porque ela tinha de ir dar de mamar ao bebé, outros porque estavam cansados, outros porque já era 1h da manhã e hoje havia almoço de família em casa dos pais.

Claro que foi óptimo estarmos todos juntos. Conversámos e rimos como é habitual. Mas ficou no ar o peso da idade.

Meninos, temos de aceitar os factos! Começou uma nova era, vamos aproveitá-la de outra forma!

Feliz Natal!!!

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