Hoje falava com uma amiga minha sobre o casamento. Na felicidade com que testemunhamos esta instituição enquanto crescemos.
Chegámos à conclusão que, nos filmes, eles casam e são felizes para sempre mas que, o filme acaba no "Felizes para sempre"! Ninguém assiste ao casal a chegar tarde e cansado do trabalho, ninguém vê o casal depois de uma noite sem dormir porque o filho esteve com febre, ninguém sabe que o casal por vezes tem problemas financeiros que não facilitam o romantismo nem ninguém percebe que a mulher tem de fazer a depilação e ter cuidado com o que come para ficar igual à protagonista do filme.
Falávamos da dificuldade em manter a chama acesa com o vento do quotidiano a soprar para cima dela constantemente e na dificuldade que há em não deixar acabar os fósforos que a acendem depois de uma ventania daquelas...
Percebi a sorte que tenho por ter ganho um papel numa família feliz que me orienta, ajuda e aconselha. E que, por causa dos pais que tenho, posso orgulhar-me de ter adquirido um mestrado em Gestão Matrimonial, em Respeito e em Amor.
Mas que, apesar de tudo, vivemos uma aprendizagem constante e, se não fizermos por isso, é fácil deixar as coisas passar. Quando olhamos à nossa volta, corremos o risco de já não haver nada.
Fico feliz por ser uma previligiada, por ter o marido que tenho e por ambos termos o cuidado de não deixar que a rotina dê cabo de nós. Porque ninguém nos avisa o quão difícil é educar uma criança nem o que isso pode afectar a vida de um casal. Que todo o retorno que temos dos filhos, por vezes não é suficiente para sustentar uma família. Quando digo Família, falo no seu verdadeiro significado e não me refiro a um conjunto de pessoas de gerações diferentes que moram debaixo do mesmo tecto.
Por isso deixo a mensagem, a todos os casais: nunca deixem de fazer tudo pelo vosso amor, nunca deixem de investir nele, nunca deixem que a rotina do quotidiano sopre em cima da vossa chama, nem que os problemas da vida abalem a vossa cumplicidade. Não tragam crianças ao mundo sem que os vossos alicerces estejam realmente bem assentes e firmes. Só assim poderão apoiar-se um ao outro perante a árdua tarefa de criar um bebé e aproveitar de forma plena a felicidade de assistir ao seu crescimento.
Nós temos tido esse cuidado e garanto-vos que vale a pena! Não há nada que pague a felicidade de uma família nem de um marido e mulher! Porque a felicidade do casal não se compra numa esquina nem se recupera facilmente depois de perdida.
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